As principais características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) são prejuízos na comunicação, na interação social, nos padrões de comportamento e os interesses restritivos ou repetitivos.
Estima-se que exista no Brasil cerca de 2 milhões de pessoas dentro do espectro autista mas esse número não é preciso. Em 2019 foi sancionada a Lei 13.861 que obriga o IBGE a fazer perguntas sobre o autismo no censo populacional. Com isso, a partir do próximo Censo Demográfico que foi adiado devido à pandemia, poderemos ter um número mais próximo da realidade.
Pessoas com TEA podem ou não ser capazes de se comunicar oralmente. E mesmo para as que possuem essa habilidade, nem sempre é possível afirmar que essa comunicação será efetiva ou que a interação com o meio poderá suprir as necessidades de ambas as partes.
As dificuldades apresentadas por esses indivíduos no que diz respeito às relações sociais podem fazer com que estes prefiram atividades que dispensem a interação com outras pessoas. Também não podemos deixar de lado as estereotipias (balançar as mãos, o tronco, bater os pés no chão etc.), que reforçam ainda mais a falta de interesse na socialização, uma vez que estas podem levar a situações desconfortáveis e constrangedoras por não poderem ser compreendidas pelas demais pessoas.
A qualidade de vida é uma das preocupações latentes das famílias dessas pessoas e isso inclui dentro do cenário possível, trabalhar a sua autonomia e independência. E é aqui que entra um trabalho multidisciplinar que engloba várias áreas visando o desenvolvimento desde a comunicação à motricidade.
ABVD – Atividades básicas da vida diária
As atividades básicas da vida diária (ABVD) são descritas pela área de Terapia Ocupacional como essenciais para a qualidade de vida, pois além de necessárias para se viver em sociedade também proporcionam bem-estar e independência. Podemos destacar como ABVDs: o banho, higiene pessoal, o uso do vaso sanitário, escovar dentes, vestuário, alimentação e mobilidade funcional.
“O marco mais importante no desenvolvimento infantil está associado à capacidade da criança de ter autonomia e independência para executar suas atividades principais, entendendo que ser capaz de realizar suas ABVD é essencial para que ela tenha avanços em suas competências e ganhe áreas sociais mais amplas”. (Figueiras, 2005)
E para a criança com TEA não é diferente, mesmo existindo dificuldades para a execução, essas ações precisam ser incentivadas.
Algumas técnicas podem ajudar na introdução desses hábitos na vida da criança. Embora alguns indivíduos possam apresentar dificuldade no aprendizado ou não consigam reter informações verbais, eles costumam possuir capacidade de aprendizado visual muito aguçada, o que tornam os recursos a seguir muito apropriados.
Uma boa ideia é a descrição da situação a ser vivenciada através de imagens. Porém, pode não funcionar com algumas crianças atípicas.
A tecnologia também pode e deve ser uma boa aliada nesse processo. Após uma cuidadosa curadoria de conteúdo e da escolha dos equipamentos mais adequados para cada criança e fase da infância, a exibição de práticas de ABVDs em formato de vídeos pode ser muito eficaz.
Aqui no Próximo Degrau nós orientamos as famílias sempre que necessário para que a casa e a escola sejam sempre a extensão das terapias aplicadas.
Referências:
Canal Autismo
https://www.canalautismo.com.br
Acesso em 28/02/2022
Revista Diálogos e Perspectiva em Educação Especial
https://revistas.marilia.unesp.br
Acesso em 28/02/2022
Rádio Agência Nacional
https://agenciabrasil.ebc.com.br
Acesso em 28/02/2022
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A Ciência ABA (Applied Behavior Analysis), ou Análise do Comportamento Aplicada, é amplamente reconhecida como uma das abordagens mais eficazes no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Desenvolvida a partir dos estudos do psicólogo B.F. Skinner na década de 1930, a ABA baseia-se em princípios científicos para entender e modificar o comportamento humano, focando na interação entre o ambiente, o comportamento e a aprendizagem.
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