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Mastigação e fala no autismo: por que essa relação é essencial

Muitas famílias notam que o desenvolvimento da fala das crianças autistas acontece de forma diferente, e poucas percebem como a mastigação e a fala em crianças com TEA estão profundamente conectadas.
A maneira como a criança mastiga, engole e movimenta a língua pode influenciar diretamente sua capacidade de articular sons, palavras e frases.

Entender essa relação é essencial para promover o desenvolvimento global da criança, especialmente quando há acompanhamento fonoaudiológico adequado.




Mastigação e fala em crianças com TEA: entenda essa relação

A mastigação é um processo motor complexo que envolve músculos da língua, bochechas, mandíbula e lábios, os mesmos utilizados na fala.
Quando uma criança com TEA tem dificuldades de mastigação (por seletividade alimentar, hipotonia ou sensibilidade oral), ela tende a apresentar limitações motoras que impactam na articulação dos sons e na coordenação da fala.

De forma simples: uma criança que não mastiga bem pode ter mais dificuldade para controlar os movimentos necessários para falar claramente.

Saiba mais sobre o papel da fonoaudiologia infantil no PRÓXIMO DEGRAU e como ela contribui para o desenvolvimento da fala em crianças autistas.




Por que isso é comum em crianças com TEA?

Crianças com Transtorno do Espectro Autista podem apresentar desafios sensoriais, como aversão a certas texturas, sabores ou temperaturas.
Essas dificuldades fazem com que a criança evite determinados alimentos e reduza o esforço mastigatório, limitando o desenvolvimento dos músculos orais.

Além disso, alterações de tônus muscular (hipotonia ou hipertonia) também afetam a coordenação entre respiração, deglutição e fala, o que reforça a importância de trabalhar mastigação e fala em crianças com TEA de forma integrada.




Como a fonoaudiologia trabalha a mastigação e fala em crianças com TEA

O papel do fonoaudiólogo é essencial. O profissional avalia o padrão motor-oral da criança, identifica dificuldades de mastigação e propõe estratégias terapêuticas que estimulam o movimento e a coordenação oral.

Durante as sessões, o fonoaudiólogo pode usar alimentos com diferentes texturas, brinquedos de estimulação oral e atividades lúdicas para fortalecer os músculos da boca, favorecendo tanto a mastigação quanto a produção de sons da fala.

Segundo a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, a coordenação motora oral é fundamental para o desenvolvimento da fala.
Essa integração entre alimentação e linguagem traz ganhos reais no dia a dia da criança.




Dicas práticas para estimular em casa

Os estímulos não precisam acontecer apenas na terapia. Com a orientação do profissional, os pais também podem ajudar a fortalecer essa relação em casa.
Alguns exemplos incluem:

  • Oferecer alimentos com diferentes texturas (purês, frutas macias, legumes cozidos).
  • Incentivar o uso de copos e canudos para treinar sucção e sopro.
  • Brincar com bolhas de sabão, apitos e bexigas para trabalhar o controle do ar.
  • Estimular movimentos de língua e lábios em frente ao espelho, transformando o treino em brincadeira.

Essas pequenas ações complementam o trabalho clínico e tornam a experiência mais leve e divertida para a criança.




O papel da família no processo

O envolvimento familiar é decisivo. Pais que compreendem a importância da mastigação e fala em crianças com TEA contribuem diretamente para o progresso do tratamento. Ao observar os avanços e adaptar a rotina alimentar e comunicativa, a família fortalece a autonomia da criança e reduz frustrações na hora das refeições ou interações sociais.




Um pequeno gesto com grande impacto

Trabalhar mastigação e fala em crianças com TEA não é apenas uma questão de técnica, mas de qualidade de vida.
Quando o processo de alimentação é confortável e prazeroso, a fala flui com mais naturalidade, e a criança ganha confiança para se comunicar.

O acompanhamento fonoaudiológico especializado é o caminho para conquistar esses avanços com segurança e propósito.

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