TEA (Transtorno do Espectro Autista) é um conjunto de dificuldades relacionadas a interação social, comportamento e comunicação que ocorrem no desenvolvimento da criança.
As crianças com TEA podem apresentar diversos sinais que caracterizam o espectro. Estes sinais foram classificados pelo Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-5 – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), é considerado referência mundial.
O DSM-5 encontra-se na sua 5a versão, revisada em 18 de maio de 2013 e é usado por neuropediatras, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, dentre outros, para diagnosticar os transtornos mentais e dividi-los em categorias. Esta metodologia ajuda os profissionais no diagnóstico e como consequência na aplicação da melhor intervenção para cada caso.
O TEA possui 3 níveis:
Autismo leve (nível 1)
Crianças com autismo leve possuem habilidade verbal, porém em alguns casos não conseguem usar as palavras de forma funcional. Têm dificuldade de manter uma conversa, fazem menos contato visual do que crianças com nível normal de desenvolvimento e também possuem dificuldade em fazer amigos.
Costuma não apresentar comportamento estereotipado como os movimentos repetitivos e restritos. Podem ter problemas em transição de tarefas.
Autismo moderado (nível 2)
O autismo moderado se caracteriza por uma dificuldade na comunicação verbal. A linguagem pode ser atípica, repetitiva e não funcional.
Apresenta repetição de movimentos corporais como andar na ponta dos pés, girar em torno de si ou dos outros, balançar as mãos, balançar o corpo para frente e para trás. Podem ter hipo ou hiper sensibilidade em relação a luz e ruídos, fazendo desencadear crises de comportamento.
Autismo severo (nível 3)
O Autismo severo é o nível mais grave do espectro. As crianças que fazem parte do espectro autista severo podem ter dificuldades no auto cuidado, devem ter apoio para tarefas do dia a dia como alimentar-se, vestir-se e manter a higiene. Podem ser não verbal, pois não aprendem a falar ou verbal com disfunção, não conseguem usar as palavras para se comunicar.
O desenvolvimento cognitivo é baixo, ocasionando comportamentos atípicos e a falta de interação social. Sua baixa capacidade de comunicação faz com que a sua habilidade social seja bastante comprometida.
Independente do nível no espectro autista, a criança que faz parte do TEA deve receber terapias para desenvolver as suas habilidades e promover uma melhor qualidade de vida.
Quanto antes a criança receber o diagnóstico e a terapia adequada, melhores serão as probabilidades de potencializar as suas habilidades e o seu desenvolvimento.