TEA é o Transtorno do Espectro Autista, que tem como característica apresentar déficit na comunicação, interação social e comportamentos diferenciados como o padrão restritivo e/ou repetitivo. Este transtorno varia dentro de um espectro e pode ser diferente em cada criança.
Cientistas e pesquisadores ainda não sabem ao certo a causa do transtorno, não existe um exame laboratorial que identifique o TEA, com isto, o tratamento é feito através de evidências científicas, observação e aprendizado.
O mapeamento do TEA é importante para ajudar a compreender este transtorno, por isto hoje é estudada a sua prevalência.
Prevalência diz respeito a quantificar os casos de TEA, novos e já existentes, observando também a sua geolocalização, condição social, idade e sexo.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) é uma agência especializada em saúde no sistema interamericano, ela estima que 70 milhões de pessoas no mundo possuem TEA. Destes 70 milhões, 2 milhões são brasileiros.
Ou seja, 1 a cada 88 crianças apresenta os sinais que caracterizam o espectro. Destas crianças, 1 a cada 4 são meninos, a prevalência me meninos é cinco vezes maior do que em meninas.
Já o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), que vem estudando o TEA há mais de 20 anos, divulgou um documento em 2020, com dados coletados em 2016, onde a prevalência de TEA é de 1 a cada 54 crianças (dentro do grupo de crianças de 8 anos de idade).
Pode se observar que este número vem subindo a cada nova divulgação. Em 2004 foi divulgado pelo CDC que 1 a cada 166 pessoas tinham TEA. Em 2012 o número passou para 1 a cada 88 e em 2018 o número foi para 1 a cada 59. Estas pesquisas são coletadas 4 anos antes da divulgação que é feita a cada 2 anos.
O Brasil ainda usa os estudos do CDC pois não tem pesquisas concretas sobre o assunto. O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que obrigada a inclusão no censo demográfico as informações específicas sobre pessoas com TEA.
Ele citou em sua conta do Twitter:
“Atendendo à necessidade da comunidade autista no Brasil e reconhecendo a importância do tema, sancionamos hoje a Lei 13.861/2019 que inclui dados específicos sobre autismo no Censo do IBGE, Uma boa tarde a todos!”Jair Bolsonaro via twitter.
O recenseamento da população brasileira acontece desde 1808. A próxima coleta de informações sobre as condições de vida da população nos municípios brasileiros será em 2021. O conhecimento sobre o tema é essencial para que o Brasil possa implementar políticas públicas que consigam melhorar a vida das pessoas com TEA.
Sobre especificamente as crianças, as informações do Censo Escolar mostram que o número de alunos com TEA, matriculados em classes comuns no Brasil, aumentou 37,27% entre os anos de 2017 e 2018 contando com 77.102 alunos e 105.842 alunos respectivamente.
O estudo e o maior conhecimento sobre o TEA é importante para que o acompanhamento e tratamento das pessoas dentro do espectro seja mais amplo. Tornar os ambientes físicos e sociais inclusivos, dando o suporte adequado, favorecerá o tratamento e promoverá a melhoria da qualidade de vida.
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